quinta-feira, 17 de abril de 2008

Noite de sonho em Alvalade

Simplesmente fantástico o aconteceu hoje à noite em Alvalade!

Depois de estar a perder por 2 golos com o eterno rival, quem diria que o meu Sporting ainda ia dar a volta e marcar 5 (!!!) golos em menos de meia hora.

Mas porque é que, em vez de ter ido lá a semana passada ver o Rangers, não decidi ir ver a meia final da Taça? Jogos destes acontecem poucas vezes na vida...

Como me faltam as palavras para descrever esta brilhante vitória, deixo esta "espirituosa" crónica do jogo, feita pelo site Maisfutebol.

Sporting-Benfica, 5-3 (crónica)

Começou por ser o «derby» das feridas, de todas as crises, um salve-se quem puder. Acabou por ser um dos mais fantásticos jogos entre Sporting e Benfica. Numa noite, as duas equipas fizeram os adeptos esquecer a amargura e ofereceram-lhes 90 minutos inesquecíveis. Os «leões» seguem para a final da Taça de Portugal. Merecem-no. Estiveram no fundo e subiram a pulso cada centímetro.

Os adeptos foram os primeiros a evitar que o «derby» fosse apenas uma deprimente comparação de dificuldades. No Benfica a surpresa da noite tratou de ser o primeiro a mostrar-se. Aos nove minutos, Dí Maria aproveitou uma falha de Adrien mas ao passar por Rui Patrício escolheu o caminho mais fácil. Caiu. O «penalty» não saiu, o cartão amarelo sim. Mas o lance era uma antecipação do que aí vinha.

Adrien estava perdido à frente dos centrais e isso foi exibido publicamente no lance do primeiro golo do Benfica. Rui Costa e Dí Maria anunciaram durante breves segundos o que ia passar-se. O «10» marcou.

O golo, como se esperava, aumentou a confiança do Benfica e sublinhou a fragilidade leonina. Dí Maria era agora acompanhado pelos «sprints» sem piedade de Rodriguez, mas o 2-0 seria ditado pelos mais velhos. Rui Costa respirou, percebeu Léo num movimento a caminho da linha e deu-lhe a bola. O resto foi simples. Cruzamento, cabeça de Nuno Gomes na pequena área. Fim? Ainda não, mas o Sporting precisava de reagir depressa. Paulo Bento acabou com o repouso de Izmailov e impediu que se prolongasse a agonia de Adrien.

De onde saiu este Sporting?!

A segunda parte trouxe um problema novo ao Sporting. Agora tinha intensidade e organização, o Benfica estava encostado lá atrás. Mas como fazer um golo? Os cruzamentos acabavam quase sempre em Luisão e Katsouranis, as tabelas à entrada da grande área nunca passavam por Petit. João Moutinho ia encontrando a solução aos 60 minutos, quando um remate espantoso encontrou a barra de Quim.

Chalana percebeu o sinal. A ganhar por 2-0, o Benfica estava a correr demasiados riscos por ter tão pouca bola. Sepsi rendeu Dí Maria. Os adeptos gritaram o nome do argentino com entusiasmo e fizeram bem. Mereceu-o. Mas naquela altura os «encarnados» necessitavam sobretudo de colocar gelo no jogo. Não se pode dizer que o tenham conseguido. Um minuto depois Vukcevic apareceu sobre a direita, deu a volta ao romeno e cruzou para o golo de Yannick. Faltavam 22 minutos, o «derby» estava emocionante.

O Sporting empolgava. Era uma torrente de futebol de ataque. Uma, duas, três oportunidades, Quim a salvar o Benfica do empate. Ninguém respirava. O melhor jogo do ano? Sim, sim, mil vezes sim!

Derlei era agora o companheiro de Liedson, sete meses depois. Yannick jogava nas costas de ambos. Izmailov estava em grande, João Moutinho parecia segurar sozinho o meio-campo e finalmente havia Vukcevic. «Até morrer!», gritavam os sportinguistas. E parecia. Insistência do capitão pela direita, cruzamento e Liedson de primeira para o 2-2!

O que faltava ao Sporting? Ganhar 3-2 com um golo de Derlei. Assim foi. Os «leões» viviam uma daquelas noites que os avós contarão daqui a uns anos aos netos. Cruzamento de Izmailov e entrada do «11» para a baliza. Festa? Cedo de mais. A bola chegou à grande área de Rui Patrício, sobrou para Rodriguez e 3-3. Não havia táctica, apenas alma. Não havia sinal de crise, apenas o desejo de heroísmo. Ninguém mandava no melhor jogo da temporada, o mais espantoso «derby» desde os 7-1 e 6-3. Era como se as duas equipas quisessem compensar os adeptos por tanta amargura. Corriam, corriam. Podiam tudo. Yannick Djaló pegou na bola, foi direito a Luisão. Tinha duas opções de passe. Claro que seguiu em frente. Claro que rematou. Claro que foi golo. 4-3. Claro que ainda houve mais um. 5-3, agora Vukcevic. O Sporting derrubou o Benfica naquele que começou por ser o «derby» das crises e terminou com uma das mais brilhantes páginas da história centenária dos dois clubes.

sábado, 5 de abril de 2008

Planeta Hattrick

Sempre fui um adepto incondicional dos jogos de computador em geral, mas muito em particular dos jogos de estratégia de futebol, onde a famosa série "Championship Manager" (ou CM para os amigos...) era o jogo de referência para os treinadores de bancada como eu.

Desde o célebre CM2 (época 97/98) até aos mais recentes, tenho muitas e boas recordações de equipas em que peguei e com as quais fiz campanhas gloriosas, em especial o meu Sporting, com o qual fiz um jogo de mais de 20 (!!!) épocas no qual atingi o “auge futebolístico”. Recordo ainda com saudade os campeonatos com o Manchester United e com o Levante (da 2.ª divisão espanhola até ser campeão).

Mas tirando uma altura em que fazia noitadas a jogar CM com um amigo da Universidade, sempre tive alguma frustração por este ser um tipo de jogo solitário em que jogamos apenas contra um computador... sepre senti que lhe faltava aquela componente da interactividade com os amigos e com outras equipas reais.

Quem é que não gosta de se vangloriar por ter sido campeão, por ter tido o melhor marcador ou até lamentar-se com um amigo por ter perdido um jogo injustamente?

E que tal se pudéssemos assumir o papel de um jovem Manager de uma recém formada equipa, com o objectivo de virmos um dia a ser a melhor equipa do mundo? E se para isso tivéssemos que competir contra cerca de 1.000.000 de equipas de todo o mundo que também ambicionam essa mesma glória?

Pois bem, para isso temos o Hattrick! (www.hattrick.org)

O Hattrick é o maior e mais popular jogo online de gestão de futebol, onde gerimos uma equipa de futebol virtual e competimos contra utilizadores de todo o mundo. Tudo o que é necessário é um Browser!

Neste jogo, que tem tanto de futebol como de gestão, assumimos o papel de Presidente e de Treinador da equipa, com um controlo sobre tudo o que rodeia o dia-a-dia de um clube de futebol. É-nos atribuída uma equipa que começa na última divisão de Portugal e os jogos acontecem em tempo real duas vezes por semana, com o jogo do campeonato ao sábado e o amigável à 4. ª feira. Pode-se ligar a qualquer hora para ver como está a equipa, dar ordens de treinos, comprar/vender jogadores ou apenas para falar com outros jogadores de Hattrick.

Saliento alguns aspectos que, para mim, são a base da popularidade deste jogo em todo o mundo:

- A mecânica do jogo foi concebida de modo a que todos possam ter as mesmas possibilidades de sucesso, independentemente de olharem diariamente para a equipa, ou apenas uma vez por semana. Mas, como em tudo na vida, quanto mais tempo se dedicar ao clube, mais rapidamente se alcançam grandes feitos...

- A simplicidade do jogo é também um dos pontos fortes, já que facilmente um novo jogador consegue entender a sua forma de funcionamento. A equipa de desenvolvimento do jogo tem conseguido introduzir constantes melhorias e novas funcionalidades, sem nunca perder essa simplicidade a que estamos habituados.

- Por último, e sem dúvida o mais importante é a comunidade do Hattrick e a interactividade que se consegue criar com pessoas que nem sequer conhecemos! No meu caso posso dizer que fiz bons amigos de norte a sul do país e tudo apenas fruto de uma ligação virtual que rapidamente se transformou em amizades reais. Somos já um grupo de 30 amigos que se juntou numa Federação e que se reúne de tempos a tempos para um convívio que vai desde futeboladas a paintball... só por isso, já valia a pena jogar Hattrick!


A minha equipa chama-se "Lagartos Douro F. C.", ando pela 6.ª divisão portuguesa que conta com 50.000 equipas activas, mas comecei na 9.ª em 21/04/2006. Durante estes 2 anos, nos quais fiz 6 épocas, conquistei 4 tí­tulos de campeão, o que não é nada mau.

Algumas estatísticas:

- Títulos de campeão: 4 (IX.ª, VIII.ª e duas vezes da VII.ª divisão)
- Títulos de melhores marcadores: 3 (Ronaldo Weide com 11 golos na IX.ª e com 9 golos na VIII.ª e Edmundo Ferrol com 8 golos na VII.ª)

- Jogos oficiais: 100
- Vitórias: 62
- Empates: 7
- Derrotas: 31
- Golos marcados: 320
- Golos sofridos: 173
- Jogador com mais jogos: Zé Luso (114)
- Jogador com mais golos: Zé Luso (38)
- Sócios do clube: 1602
- Total de compras: 10,2M €
- Total de vendas: 8,8 M €

Sendo este um dos meus hobbies (como já deu para ver...), de vez em quando vai aparecer neste blogue uma mensagem ou outra relacionada com o tema, quer seja uma análise a um jogo da equipa, uma comemoração de um tí­tulo (espero eu) ou apenas para desabafar a frustração de uma derrota.

Saudações Hattrickianas!

Jorge Lagarto
Presidente, Treinador e Gestor dos Lagartos Douro F. C.